domingo, julho 19, 2009

Prefiro viver como Carmen do que morrer como Callas

Depois de ter dormido as 4h30 da manhã, acordei as 9h30 com a certeza de que se eu tentasse dormir de novo não iria conseguir. Então resolvi ligar a tv.

Rodando os canais, me deparei com um documentário sobre Maria Callas na GNT. E por curiosidade assisti. Estava na parte em que ela era amante de Onassis, que era amante de mais um monte de mulheres mas, nessa passagem em especial estava mostrando que na verdade ele estava se separando da então esposa pois, havia sido traido fazendo parecer um absurdo mesmo já tendo um romance com Callas há um ano.

E ai, resumindo bem toda a trajetória de Callas e Onassis, qdo ela foi envelhecendo, ele a deixou e casou sem a menor cerimônia, com a famosa Jackie O, que colecionou dois sobrenomes de peso e morreu com muita classe sendo citada até hj como uma das mulheres mais elegantes da história.

Conforme fui assistindo esse documentário, mostrou que Callas largou mão da própria carreira para viver com Onassis (lembrando, que depois a largou como se fosse um par de chinelos velhos e casou com Jacqueline Kennedy), se submetendo a humilhações nos mais variados tabloides pq simplesmente o cara vivia sua vida de milionário não dando o menor valor para mulher nenhuma mostrando isso desfilando vez ou outra com outras mulheres.

Casou com Callas? Não. Mas segundo Maitê Proença (que estava narrando esse documentário), ela se enchia de alegria todas as vezes que Onassis chegava na Europa para ficar com ela ou levá-la a Grécia para uma temporada em seu navio cheio de celebridades até o dia que ele simplesmente não a convidou mais e levou sua (depois) futura esposa Jackie Kennedy.

Então, ela resolveu viver sua vida, cantar óperas e vida que segue.

Porém, das imagens que vi nesse documentário, dava para ver a solidão e tristeza em todas elas até o dia que, óbvio, ela tentou se matar.

Enfim, ela até tentou dar a volta por cima na carreira mas, a vida dela inteira que girou em torno de Onassis, acabou por ficar sem sentido quando ela se descobriu sozinha.

Ou seja, uma cantora de ópera fenomenal que de dedicou a viver por um amor, praticamente finalizando sua carreira com um uma interpretação de Medeia em um filme que foi um verdadeiro fracasso. Talvez até por retratar históricamente a vida dela mesma.

Callas se guardou por um homem que nunca a valorizou e depois a deixou, mentindo para si mesma achando que ele seria o grande amor de sua vida, perdendo sua alma e sua essência de mulher com um incrível potencial.

Morreu em 77 como a rainha do melodrama, sozinha.

E o mais triste, é saber que até hoje, 30 anos depois, ainda tem muitas mulheres que vivem da mesma forma, em função de um homem só (e não é de fidelidade que estou falando), se submetendo a humilhações, fechando os olhos diante disso somente para não perder o "amado" perdendo o respeito próprio.

Em uma entrevista, Callas citou a personagem Carmen dizendo que ela tratava os homens como os homens tratavam as mulheres e qdo o reporter perguntou como, ela não respondeu mas deixou claro que ela não faria isso.

Hoje vejo que prefiro viver como Carmen do que morrer como Callas.

2 comentários:

JJ disse...

clap, clap, clap!

Adorei o final "melhor viver como carmen doq ue morrer como Callas"

Jeska disse...

Isso me lembra alguem... mas eu nao sei quem. Será que sabemos? haha